Para achar a solução: “Continue a nadar”

Sim. Esse texto é uma analogia com a filosofia da Dory. Mas não desista porque vale a pena!

Quem assistiu a premiada animação da Pixar de 2003 com certeza lembra dessa frase da pequena e inocente Dory. Com todo seu carisma ela acaba sendo um grande apoio para um pai que procura o filho desesperadamente e ainda uma inspiração e liderança de um cardume de peixes para voltar a água e escaparem da rede de pescadores.

E o que um filme de animação tem relação com o marketing do meu negócio?

Nada. (brincadeira, era só piada). Tudo! O conceito apresentado no filme, de coragem, desafios e sempre enxergar uma luz no fim do túnel e superação todos os dias. É a típica vida do empreendedor, não é mesmo?

Na comunicação não é diferente. Assim como outras áreas da sua empresa não podem faltar estoque, matéria-prima, limpeza, treinamento e/ou organização, na publicidade, além de planejamento e estratégia de marketing, a frequência e sequência são fundamentais. 

Mas não necessariamente precisa ser todos os dias e nem a todo momento, pois existe uma linha tênue entre estar presente online e ser chato (o que vai espantar a sua audiência).

Encontrar esse equilíbrio não é fácil, depende muito do nicho de mercado que atua, o perfil da sua audiência e o produto/serviço que entrega. Esse tripé tem que estar em perfeita harmonia, costurado pelo planejamento de ações traçado junto à agência que te auxilia.

Exemplificando o que estou falando: No caso de uma padaria gourmet (alô familiare), obrigatoriamente ele tem de informar todos os dias o seu público o que está acontecendo, desde um pão quente que saiu, o cardápio do almoço e mesmo uma ação de troca de buffet para a noite. Isso não vai “soar” como incômodo, pois o produto que ele vende é um bem de consumo diário e pode auxiliar o pai ou mãe a não esquecer de levar o jantar para a casa ou o pão para o lanche do filho do dia seguinte. Essa é a função da rede social para o varejo, correto? Sim, mas nem tanto!

No caso de uma empresa de material de construção, que também é varejo, se ela falar todos os dias com sua audiência sobre produto, produto, produto, vai “ultrapassar o limite” e pode expelir esse potencial cliente. Essa empresa pode sim falar todos os dias, mas de forma instrutiva, gerando conteúdo relevante e inteligente, dando referência de decoração, acabamentos, cases de sucesso e trabalhar o promocional somente no tráfego pago, por exemplo. Dessa forma ela vai impactar somente a sua audiência que está em um momento de compra, seja ele inicial ou final, mas que já enxerga a empresa como referência.

Para encerrar, a dica que deixo é: Independente do volume, mantenha uma constância. Nos stories foque em bastidores, dicas, enquetes e perguntas, sempre interagindo com sua audiência. Tente manter uma sequência de pelo menos 3 a 4 stories por semana. No feed mantenha uma frequência que faça sentido para o seu público, seja 1 ou 7 posts por semana. Fique firme, mantenha a conduta, nunca reduza e lembre-se sempre “continue a nadar!”

NÃO SEJA O CLIENTE CHATO!

E isso não é uma indireta para nenhum cliente nosso, é apenas uma reflexão.

Ninguém gosta de um cliente chato, isso é claro. E se você quiser saber como lidar com essas pessoas, tem diversos artigos por aí com dicas ótimas. Mas hoje eu não vim falar sobre isso, mas sim trazer uma reflexão para que não SEJAMOS O CLIENTE CHATO. E isso pode ser aplicado em diversas ocasiões, no restaurante que frequenta, no posto que abastece e até na loja de roupas. Mas hoje eu vim falar do que sou especialista: Comunicação.

Assim como médico e louco todo mundo tem um pouco, o brasileiro já nasce com a alma marketeira. Então é muito comum o cliente dar palpites durante o processo criativo. Isso é um erro? NÃO! Mas é importante estabelecer a relação do que é relevante para o seu público e o que VOCÊ gosta, pode não parecer, mas são coisas muuuuito diferentes. 

O cliente é o especialista na área dele, ou seja, ele que vai ter TODAS AS RESPOSTAS NECESSÁRIAS para um bom trabalho. Cabe à agência, como especialista em comunicação, dar TODAS AS PERGUNTAS NECESSÁRIAS. Se você, enquanto cliente, quiser ter todas as perguntas e respostas, sinto em lhe dizer, mas não precisa de uma agência e sim de alguém para executar suas ideias. Então, bora analisar esse cenário juntos? Partindo do príncipio que você realmente seja bom de marketing, é humanamente impossível dar conta de tudo (às vezes nem a gente dá conta da nossa própria rede). Por exemplo, além de gerir a sua empresa, você terá que fazer um planejamento e pesquisa de mercado, captar vídeos e fotos (e aqui eu não to nem colocando a edição), fazer a função de copywriting e social media. Até cansei e isso foi só no online!

Mas eu só quero dar ideias. Tem problema?

Claro que não! O problema aqui não é dar ideias e sim aprender a desapegar delas. Toda ideia é bem vinda e é assim que trabalhamos, mas nessa enxurrada de conceitos uma completa a outra e assim vai se construindo um projeto de milhões. A dica que dou é: Quer participar do processo criativo? Esteja aberto a receber resoluções de mente aberta. 

E para refletir: 

É muito normal, algum cliente nos chamar para uma conversa falando que precisa melhorar o marketing da empresa, o direcionamento, implantar inteligência de mercado, profissionalizar a área online ou mesmo iniciar o digital do zero. Mas uma coisa que eu escuto muito é: “Eu passei por várias agências e ninguém me entende”. Se ninguém consegue entender, será que TODOS estão errados mesmo? Ou eu que não consigo expressar de forma clara o que quero? 

Pense nisso e NÃO SEJA O CLIENTE CHATO.