Crítica | Stranger Things 3ª Temporada – Adolescente é tudo complicado

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“A temporada que a gente não sabia que precisava tanto.”

Depois de quase 2 anos de espera, finalmente a Netflix retorna com a nova temporada da série sensação do momento Stranger Things.

A nova temporada chega recheada com mais referências dos anos 80 e deixa claro que a produção teve um orçamento melhor dessa vez, os aspectos técnicos estão incríveis.

Agora, vamos abordar um pouco sobre a comunicação dessa temporada e fazer um levantamento dos pontos fortes e fracos da série.

*Daqui para baixo vão rolar alguns SPOILERS continue por sua conta e risco*

Para essa temporada os meninos de Hawkins voltam um pouco mais velhos, já na transição para a adolescência. Ou seja, além de lidar com os monstros do mundo invertido ainda terão que lidar com os problemas da puberdade.

Já no primeiro episódio somos apresentados a um verão dos sonhos, onde Mike e Eleven vivem um amor de adolescente, Lucas e Max já uma relação mais amadurecida, Dustin volta do acampamento com a história de uma namorada fantástica.

Alheio a isso está Will, o garoto que passou por maus bocados nas temporadas anteriores, parece que quer recuperar o tempo perdido com os amigos, mas o conflito de interesses é claro.

Esse é só um dos núcleos, pois dessa vez a história se desenrola em 4 arcos principais que se conectam no final.

A dupla consagrada Dustin e Steve, se juntam com Robin (colega de trabalho do Steve) e Erica, a irmã de Lucas que se mostra uma personagem incrível durante a temporada. Esse primeiro grupo foca em resolver o mistério dos russos no subterrâneo do shopping.

O segundo grupo é o de Will, Mike, Lucas, Max e Eleven, que vão atrás de entender o que há de errado com o Billy e qual sua conexão com o monstro do mundo invertido.

O terceiro grupo é o da Nancy e Jonathan investigando de uma epidemia de ratos que aparentemente contraíram raiva e transmitiram a uma senhora.

Por fim temos o Hopper e a Joyce atrás de descobrir o que está fazendo os imãs de geladeira da Joyce caírem. Parece bobo a princípio mas se mostra fundamental para trama.

Como disse no início, os 2 anos de intervalo somados ao orçamento maior, deu aos criadores a possibilidade de trazer uma temporada muito mais grandiosa que as anteriores. A quantidade de personagens e de eventos acontecendo em paralelo, poderia ser algo muito ruim se não tivesse sido executado com tanta maestria.

Tudo é tão bem amarrado que ao fim de cada episódio você quer ver o próximo para saber como os mistérios vão se desenvolver.

Outro ponto forte é a atuação. Todos os atores mirins, agora um pouco maiores, dão um show na atuação, com destaque para o Will (Noah Schnapps) que entrega todas a nuances do personagem que tem uma carga complexa vinda dos traumas passados. O humor também é outro ponto forte da série nessa temporada e atinge a melhor execução.

É tudo tão bem equilibrado e genuinamente divertido, que já dá vontade de rever assim que acaba.

A ambientação também está perfeita, mesmo quem não viveu nos anos 80 consegue se transportar facilmente para época, pois é tudo muito bem feito e com muitas referências aos filmes que amamos e vimos milhares de vezes na Sessão da Tarde.

Referências a Exterminador do Futuro, Enigma de Outro Mundo, Duro de Matar e a tantos outros filmes clássicos de espionagem, recheiam a história e dão um brilho maior a tudo.

Algo que me prendeu muito foi a relação dos personagens, que em meio a tanta coisa rolando, foi bem trabalhada com uma sensibilidade ímpar do roteiro. A amizade de Eleven e Max mostrando as duas usando os poderes da Eleven para se divertir, é algo que realmente crianças fariam e nos faz conectar ainda mais.

Will divergindo dos amigos porque não está na mesma vibe de namorar e quer apenas reaver a infância perdida jogando D&D. Steve e Robin vivendo o que parecia se encaminhar para um romance e depois se torna uma amizade genuína quando descobrimos que a garota é lésbica.

E claro, a tensão sexual entre o Xerife Hopper e a Joyce é muito divertida e faz a gente torcer para que o casal termine junto.

Claro que não posso esquecer do ponto alto da relação de personagens, que é entre o Dustin e sua namorada (que para surpresa de todos é real) Suzy e o engraçadíssimo momento que fazem um dueto pelo rádio, cantando o tema de História Sem Fim, enquanto todos os personagens ouvem. É hilária essa cena.

Não quero dar muitos spoilers, mas a cena final do Xerife Jim Hopper é de chorar muito.

É esse equilíbrio é o ponto mais forte da temporada.

O vilão também foi muito bem acertado, pois dessa vez o monstro, o Devorador de Mentes, usa seres humanos como hospedeiros, e isso colocou uma tensão e um mistério muito mais denso e gostoso de acompanhar. Ainda culmina num desfecho com uma virada marcante e bem bonita, por sinal. Tem também o capanga dos russos que é uma clara homenagem ao Exterminador do Futuro e inclusive faz referências a cenas clássicas do filme.

Como destaque negativo, fica a parte em que Dustin, Steve, Robin e Erica invadem a base subterrânea dos russos. Tem que estar com a suspensão de descrença muito alta para acreditar que eles conseguiriam entrar tão facilmente assim, numa instalação cheia de militares fortemente armados.

Mas isso é um detalhe que não arranha o todo que a série nos trouxe.

Na minha opinião, essa é de longe a melhor temporada da série, em todos os aspectos, desde roteiro à produção e até as atuações. É uma preciosidade que a Netflix tem nas mãos.

No entanto, o final não deixou muitas pontas para uma próxima temporada. Mesmo com a cena pós crédito, é difícil imaginar como vão dar sequência a história que já encerrou o arco de vários personagens importantes e de forma satisfatória.

Minha torcida é para que os criadores, os Duffers Brothers utilizem a mesma cautela e o mesmo preciosismo para nos trazer uma continuação à altura.

Mesmo que demore 2 anos.

Ou mais…

Nota: 8,5/10[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/4″][vc_single_image image=”13829″ img_size=”full” style=”vc_box_outline_circle_2″ border_color=”green” onclick=”zoom”][/vc_column][vc_column width=”3/4″][vc_custom_heading text=”Luiz Paulo” font_container=”tag:h2|text_align:left|color:%23aeca08″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Diretor de Marketing
Fiz faculdade de Propaganda e Marketing, mas foi com o mercado que aprendi de verdade.
Sempre evoluindo, aprendendo e disseminando o melhor que o marketing digital pode oferecer, afim de transformar vidas.

Instagram: @luizpaulotg[/vc_column_text][vc_column_text css=”.vc_custom_1561563457118{margin-bottom: 0px !important;}”]

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Crítica | Stranger Things 3ª Temporada – Adolescente é tudo complicado

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“A temporada que a gente não sabia que precisava tanto.”

Depois de quase 2 anos de espera, finalmente a Netflix retorna com a nova temporada da série sensação do momento Stranger Things.

A nova temporada chega recheada com mais referências dos anos 80 e deixa claro que a produção teve um orçamento melhor dessa vez, os aspectos técnicos estão incríveis.

Agora, vamos abordar um pouco sobre a comunicação dessa temporada e fazer um levantamento dos pontos fortes e fracos da série.

*Daqui para baixo vão rolar alguns SPOILERS continue por sua conta e risco*

Para essa temporada os meninos de Hawkins voltam um pouco mais velhos, já na transição para a adolescência. Ou seja, além de lidar com os monstros do mundo invertido ainda terão que lidar com os problemas da puberdade.

Já no primeiro episódio somos apresentados a um verão dos sonhos, onde Mike e Eleven vivem um amor de adolescente, Lucas e Max já uma relação mais amadurecida, Dustin volta do acampamento com a história de uma namorada fantástica.

Alheio a isso está Will, o garoto que passou por maus bocados nas temporadas anteriores, parece que quer recuperar o tempo perdido com os amigos, mas o conflito de interesses é claro.

Esse é só um dos núcleos, pois dessa vez a história se desenrola em 4 arcos principais que se conectam no final.

A dupla consagrada Dustin e Steve, se juntam com Robin (colega de trabalho do Steve) e Erica, a irmã de Lucas que se mostra uma personagem incrível durante a temporada. Esse primeiro grupo foca em resolver o mistério dos russos no subterrâneo do shopping.

O segundo grupo é o de Will, Mike, Lucas, Max e Eleven, que vão atrás de entender o que há de errado com o Billy e qual sua conexão com o monstro do mundo invertido.

O terceiro grupo é o da Nancy e Jonathan investigando de uma epidemia de ratos que aparentemente contraíram raiva e transmitiram a uma senhora.

Por fim temos o Hopper e a Joyce atrás de descobrir o que está fazendo os imãs de geladeira da Joyce caírem. Parece bobo a princípio mas se mostra fundamental para trama.

Como disse no início, os 2 anos de intervalo somados ao orçamento maior, deu aos criadores a possibilidade de trazer uma temporada muito mais grandiosa que as anteriores. A quantidade de personagens e de eventos acontecendo em paralelo, poderia ser algo muito ruim se não tivesse sido executado com tanta maestria.

Tudo é tão bem amarrado que ao fim de cada episódio você quer ver o próximo para saber como os mistérios vão se desenvolver.

Outro ponto forte é a atuação. Todos os atores mirins, agora um pouco maiores, dão um show na atuação, com destaque para o Will (Noah Schnapps) que entrega todas a nuances do personagem que tem uma carga complexa vinda dos traumas passados. O humor também é outro ponto forte da série nessa temporada e atinge a melhor execução.

É tudo tão bem equilibrado e genuinamente divertido, que já dá vontade de rever assim que acaba.

A ambientação também está perfeita, mesmo quem não viveu nos anos 80 consegue se transportar facilmente para época, pois é tudo muito bem feito e com muitas referências aos filmes que amamos e vimos milhares de vezes na Sessão da Tarde.

Referências a Exterminador do Futuro, Enigma de Outro Mundo, Duro de Matar e a tantos outros filmes clássicos de espionagem, recheiam a história e dão um brilho maior a tudo.

Algo que me prendeu muito foi a relação dos personagens, que em meio a tanta coisa rolando, foi bem trabalhada com uma sensibilidade ímpar do roteiro. A amizade de Eleven e Max mostrando as duas usando os poderes da Eleven para se divertir, é algo que realmente crianças fariam e nos faz conectar ainda mais.

Will divergindo dos amigos porque não está na mesma vibe de namorar e quer apenas reaver a infância perdida jogando D&D. Steve e Robin vivendo o que parecia se encaminhar para um romance e depois se torna uma amizade genuína quando descobrimos que a garota é lésbica.

E claro, a tensão sexual entre o Xerife Hopper e a Joyce é muito divertida e faz a gente torcer para que o casal termine junto.

Claro que não posso esquecer do ponto alto da relação de personagens, que é entre o Dustin e sua namorada (que para surpresa de todos é real) Suzy e o engraçadíssimo momento que fazem um dueto pelo rádio, cantando o tema de História Sem Fim, enquanto todos os personagens ouvem. É hilária essa cena.

Não quero dar muitos spoilers, mas a cena final do Xerife Jim Hopper é de chorar muito.

É esse equilíbrio é o ponto mais forte da temporada.

O vilão também foi muito bem acertado, pois dessa vez o monstro, o Devorador de Mentes, usa seres humanos como hospedeiros, e isso colocou uma tensão e um mistério muito mais denso e gostoso de acompanhar. Ainda culmina num desfecho com uma virada marcante e bem bonita, por sinal. Tem também o capanga dos russos que é uma clara homenagem ao Exterminador do Futuro e inclusive faz referências a cenas clássicas do filme.

Como destaque negativo, fica a parte em que Dustin, Steve, Robin e Erica invadem a base subterrânea dos russos. Tem que estar com a suspensão de descrença muito alta para acreditar que eles conseguiriam entrar tão facilmente assim, numa instalação cheia de militares fortemente armados.

Mas isso é um detalhe que não arranha o todo que a série nos trouxe.

Na minha opinião, essa é de longe a melhor temporada da série, em todos os aspectos, desde roteiro à produção e até as atuações. É uma preciosidade que a Netflix tem nas mãos.

No entanto, o final não deixou muitas pontas para uma próxima temporada. Mesmo com a cena pós crédito, é difícil imaginar como vão dar sequência a história que já encerrou o arco de vários personagens importantes e de forma satisfatória.

Minha torcida é para que os criadores, os Duffers Brothers utilizem a mesma cautela e o mesmo preciosismo para nos trazer uma continuação à altura.

Mesmo que demore 2 anos.

Ou mais…

Nota: 8,5/10[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/4″][vc_single_image image=”13829″ img_size=”full” style=”vc_box_outline_circle_2″ border_color=”green” onclick=”zoom”][/vc_column][vc_column width=”3/4″][vc_custom_heading text=”Luiz Paulo” font_container=”tag:h2|text_align:left|color:%23aeca08″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Diretor de Marketing
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Black Mirror: Da Broderagem a Sessão da Tarde | 5ª Temporada

[vc_row][vc_column][vc_column_text css=”.vc_custom_1561235507639{margin-bottom: 0px !important;}”]A dramaturgia também é um ótima forma de comunicação, uma das melhores eu diria. Por isso, aqui no blog da IB8 Comunicação, com muito prazer trago o primeiro especial sobre a quinta temporada de Black Mirror.

O marketing e a comunicação são parceiros inseparáveis, e a Netflix manda muito bem nos dois. Então, confira abaixo a minha crítica, e cuidado COM SPOILERS da nova temporada dessa série maravilhosa.

Então, sem mais delongas, vamos aos episódios.

Striking Vipers

O primeiro episódio da nova temporada é de longe o mais leve da série até aqui. As relações humanas são o principal motor da trama, com a tecnologia servindo apenas de ferramenta para o desenrolar.

[ALERTA DE SPOILERS NO TRECHO ABAIXO]

Danny (Anthony Mackie, o Falcão dos Vingadores) e Karl (Yahya Abdul-Mateen II, o Arraia Negra do Aquaman) são os típicos amigos que se conhecem desde a faculdade, acostumados a virar noites duelando no vídeo game, no jogo Striking Vipers (uma mistura de Tekken com Street Fighter), cada um com seu personagem favorito.

Karl joga com Roxette, uma personagem que asiática que luta kung-fu usando trajes bem sensuais, como é comum nesses jogos. Danny por sua vez joga com Lance, lutador asiático que lembra o Jin da série Tekken.

Os duelos aparentemente são acirrados e rendem boas noitadas de jogatina. De repente somos lançados 10 anos no futuro, para ver os amigos se reencontrarem no aniversário do Danny, que ganha de presente do Karl o novo Striking Vipers e depois iniciam uma conversa quase constrangedora, onde a sobreposição da vida de solteiro pegador do Karl se choca com a vida monogâmica de pai de família do Danny.

Claramente ambos não estão felizes nas suas condições atuais, Danny por ter mais aquele fogo na cama com a esposa e Karl por sair com jovens que não rendem uma boa conversa, apenas sexo por sexo. Nessa hora o presente de aniversário entra em ação e os amigos resgatam aquela nostalgia mas dessa vez com a tecnologia absurda de Black Mirror, ambos são literalmente transportados para dentro do jogo nos corpos de seus personagens costumeiros.

E com uma velocidade impressionante, o que era para ser um jogo de luta em realidade virtual, se torna um sexo apaixonado entre os amigos nos corpos virtuais dos personagens.

Ai a broderagem rola solta, os amigos se encontram diariamente no jogo para ter o que eles consideram a melhor relação sexual de suas vidas. Obviamente que isso impacta na vida real fora do jogo, trazendo inúmeros problemas de convívio social e desenrolando num desfecho agridoce como é de costume a série.

Realmente o ganho desse episódio esta nas interações entre os personagens, que gera uma identificação rápida no espectador. Os constrangimentos, as confusões de sentimentos e até as “DR’s”  carregam a história de forma leve e até cómica em alguns momentos.

Vale a menção de que esse episódio possui cenas gravadas em São Paulo, mas que são inseridas tão bem no contexto, que poderia ser qualquer cidade do mundo.

E esse é o ponto forte do que para mim, foi o melhor episódio dessa temporada, o fato de contar uma história que poderia acontecer em qualquer lugar do mundo com qualquer pessoa.

Nota: 7,5/10

 

Smithereens

Um episódio que faz questão de deixar claro o ano em que se passa (o que é inédito na série, salvo engano) com certeza tem algo a nos dizer.

E é isso que o segundo episódio de Black Mirror se propõe, mostrando de cara um motorista de aplicativo, tipo Uber, 99 e afins, focado em pegar corridas apenas de funcionários da empresa Smithereens, claramente uma representação do Facebook.

O enredo vai se desenrolando aos poucos, quando esse motorista finalmente consegue uma corrida de um funcionário bem trajado, e o sequestra pedindo de resgate apenas uma conversa por telefone diretamente com o dono da empresa, o Mark Zuckerberg da parada.

A sensação da trama lembra muito o episódio da quarta temporada, Shut Up, and Dance, onde a gente acompanha o personagem principal tomando atitudes questionáveis sem saber direito o pano de fundo que as motiva.

A crescente é quando o motorista descobre que o sequestrado é apenas um estagiário, e começa entrar em conflito com suas próprias convicções, que o leva a rapidamente ficar cercado por várias viaturas da polícia, tornando o caso público.

Enquanto encurralado no carro, o motorista através do estagiário consegue falar com alguém da empresa que começa uma busca pelo dono. Em paralelo, a polícia inicia uma investigação sobre o cara, deslocando vários recursos para levantar documentos e endereços.

Descobrem que o sequestrador se chama o Chris (Andrew Scott, o Moriarty da série Sherlock), encontram endereço e histórico dele num esforço coletivo do contingente. Fato esse que a série faz questão de contrapor mostrando que o pessoal da Smitheerens descobriu tudo isso e muito mais, sem nem mesmo sair do escritório, apenas com as informações das redes sociais do cara.

De pronto essa já é a primeira crítica que o episódio faz a como as redes sociais controlam nossas vidas, sabendo mais sobre nós do que nossa família ou nós mesmos.

É nesse conceito que o episódio se desenrola atrelando as motivações de Chris justamente com sua experiência com a rede social Smithereens, que de certa forma consumiu sua vida e tirou dele coisas preciosas.

É nessa parte que para mim, o episódio se perde pois a transição não é sútil e deixa uma sensação de que forçaram a barra para fazer a crítica de como a tecnologia pode arruinar vidas. Já houveram outros episódios onde os eventos escalavam de forma absurda, mas dentro de um contexto melhor formulado. Em Smithereens, o vai e volta do protagonista em suas convicções não deixa tão verossímil que aquilo poderia acontecer.

Por fim, finalizam o episódio deixando em aberto o que acontece com Chris e mostrando que para as redes sociais, um momento é rapidamente esquecido e substituído por outro, independentemente de seu impacto ou gravidade.

Nota: 06/10

 

Rachel, Jack and Ashley Too

O encerramento da temporada chega com esse episódio que resgata nossa época de Sessão da Tarde. Esse com certeza é o que mento tem a essência raiz de Black Mirror, e foca mais numa trama adolescente e suas inseguranças.

Rachel e Jack são duas irmãs que se mudam com o pai para uma nova cidade e aprontam altas confusões.

Tá, agora sem exagero, é quase isso que acontece.  O enredo faz uso de vários clichês de Hollywood, como o arquétipo da irmã mais nova que não consegue se enturmar e a irmã mais velha adolescente rebelde rock’n’roll, cheia de atitude.

O cartel de clichês é completo com Ashley (Miley Cirus, sim, a Hannah Montana) estrela pop megafamosa com mensagem de empoderamento e superação para as jovens.

O elo entre as três se dá pela idolatria que Rachel, a irmã mais nova, tem pela estrela e compra a bonequinha eletrônica Ashley Too, que contém a inteligência artificial da cantora para poder interagir com as fãs esbanjando mensagens motivacionais. Essa inteligência artificial é única parte Black Mirror RAIZ do episódio.

Entendo que a ideia principal era realmente trazer esses clichês para tela, inclusive fazendo um paralelo com a história real de Miley Cirus em sua época de Hannah Montana. Essa parte é bem executada, pois mostra a pressão que uma estrela adolescente sofre, nas mãos de empresários/familiares que tem na figura da cantora o sustento de uma vida de luxo.

O contraponto fica mais óbvio ainda, quando colocado ao lado do drama que vivem as outras personagens principais. Rachel é tímida e tem dificuldade de se enturmar na escola, e Jack ainda não consegue lidar com a perda da mãe e se esconde atrás de uma fachada de durona.

Os elementos apresentados são interessantes, mas o desenvolvimento opta por seguir as fórmulas já consagradas por filmes adolescentes dos anos 90, com a volta por cima dos personagens e até o final feliz.

Sim, esse episódio termina da forma mais Disney que já vi em Black Mirror, até porque termina com todo mundo cantando junto.

No mais o episódio é divertido, mas recomendo assistir desapegado do padrão que a série construiu ao longo dos anos. Resgate a nostalgia da criança dentro de você que assistia altas confusões na Sessão da Tarde.

Nota: 6/10

 

5ª Temporada

Contudo, a minha avaliação da temporada como um todo é positiva. Ela não te traz mais aquela angustia característica que te faz querer jogar o celular fora e viver no meio do mato. A temporada te entrega uma visão mais leve, que indica que nossa relação com a tecnologia precisa apenas de alguns ajustes.

Equilibrar nosso tempo em frente as telas me parece a mensagem principal da temporada. Até porque é a menor em termos de quantidade de episódios, desde que passou a ser produzida pela Netflix.

Nota: 6,5/10[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/4″][vc_single_image image=”13829″ img_size=”full” style=”vc_box_outline_circle_2″ border_color=”green” onclick=”zoom”][/vc_column][vc_column width=”3/4″][vc_custom_heading text=”Luiz Paulo” font_container=”tag:h2|text_align:left|color:%23aeca08″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Diretor de Marketing
Fiz faculdade de Propaganda e Marketing, mas foi com o mercado que aprendi de verdade.
Sempre evoluindo, aprendendo e disseminando o melhor que o marketing digital pode oferecer, afim de transformar vidas.

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